Resumo Acadêmico

A (In)Definitude da perspectiva das línguas sub-representadas
(In)Definiteness: the perspective of under-represented languages

Chamada CNPq/MCTI/FNDCT Nº 40/2022
Linha 1-B
Pesquisa em temas livres em Ciências Humanas, Ciências Sociais
Aplicadas, Linguística, Letras e Artes em Rede
Processo 420314/2022-9

Resumo: O projeto, vinculado ao grupo “(In)definitude através das línguas/(In)definiteness across languages” http://dgp.cnpq.br/dgp/espelhogrupo/6649298354394592, estuda a sintaxe-semântica do sintagma nominal em 8 línguas subrepresentadas (6 minoritárias em vitalização). Busca verificar os parâmetros semânticos (Chierchia 1998, 2021) em relação com a (in)definitude, um conceito em escrutínio (Dayal 2004, 2022). Emprega diferentes metodologias – introspecção, coleta de dados e experimentos. Busca mapear essas línguas quanto aos parâmetros e a (in)definitude e formular um modelo teórico que explique a variação. Eis algumas das questões em estudo. Como gerar o sistema nominal genérico no PB (Pires de Oliveira, prelo)? Como é a genericidade no Espanhol Rioplatense e por que a preposição licencia a leitura genérica, um caso de DOM (Carranza et al)? Como é a gramática do Portunhol (Oggiani et al)? Como são os indefinidos complexos? O Mebêngokrê (Macro-Jê) parece marcar a indefinitude indicando a posição epistêmica do falante; qual a relação entre indefinidos e evidencias (Mendonça e Quadros Gomes)? Em Terena (Aruak), há dois artigos definidos, um definido forte e outro fraco (Aroaldo et al)? Kaiowá (Tupi-Guarani) (Guerra Vicente et al), Wapichana (Aruak) (Coutinho Costa et al) e Rikbaktsa (Macro-Jê) (Silva et al) não têm artigos, têm flexão de número, singular e plural nus com leitura genérica; o que faz o plural nessas línguas? O projeto conta com 11 pesquisadores (6 de 4 universidades federais nacionais, 3 da Universidade de Buenos Aires e 2 da Universidade de Montevideo) e a supervisão de Dayal (Universidade de Yale) e Chierchia (Universidade de Harvard). Contribuirá para o desenvolvimento científico ao ampliar a cobertura empírica e propor modelos em semântica; contribuirá para a formação de recursos humanos, a documentação e vitalização das línguas minoritárias, a elaboração de material didático para ensino dessas línguas e para a divulgação científica.